sábado, 14 de dezembro de 2013


E aqui começa a História narrada pelo Álvaro …o Barinho da minha História


Não me lembro da mudança para a Rua dos Prazeres. Mas tenho várias lembranças; teria uns quatro ou cinco anos comprou umas botas de borracha na Casa Alda, onde hoje é o Café Saura , em frente ao restaurante Ramon. Naquela altura comprava-se as coisas aos pagamentos porque não havia dinheiro como hoje que se compra a pronto. Ora eu sempre habituado a andar descalço, ter umas botas novas  era rico e andava a mostrar a toda a gente, e, como era Inverno, fui até ao estaleiro do lado do mestre Jeremias, onde havia barcos em reparação, e um que estava no rio e tinha uma prancha de madeira que se chamava carreira onde os barcos deslizam quando são reparados em terra e em cima dessas grandes traves são lançados à água. Ora o Barinho como eu era conhecido na altura, lembrou-se na sua inocência sem medo do perigo que corria, de ir ao dito barco  que estava no rio mostrar as botas às mulheres que estavam a lavar no cais e aflitas chamavam – me para eu sair dali, e eu depois lá vim, só que a meio escorreguei naquele sebo que as carreiras têm para os barcos deslizarem melhor, e tive a noção que ia cair e entrei no rio que ia com muita corrente devido ao inverno, então as mulheres  começaram a gritar e o Sr. Eurico que era carpinteiro naval correu para o lugar indicado e tirando os socos atirou-se à água e foi-me apanhar já a entrar debaixo do barco e aí não haveria salvação possível; eu recordo-me de estar pendurado pelo Sr. Abílio « o Marinheiro », Pai do Cesário, este, amigo do nosso irmão António e vi muita gente e se calhar desmaiei, e só me lembro de acordar em casa onde morávamos na Rua dos Prazeres, num quarto, rodeado dos nossos Pais e Irmãos e todos felizes por eu acordar, se não fosse esse bom homem em arriscar a sua vida, eu não teria esta história verdadeira para vos contar, e como «à criança e ao borracho mete Deus a mão por baixo», ainda não tinha que morrer , porque Deus é que sabe.
O nosso pai que não era de ficar sem as coisas, sem pensar duas vezes, vai para o rio, com uma vara de ir aos polvos, foi ver se apanhava as ricas botas e com sorte apanhou-as, e
pôs - as a secar  ao lume , só  que se calhar se descuidou e as botas ficaram todas estragadas, claro que estas passagens foram-me contadas pelos nossos Pais, e eu fiquei sem as botas e continuei a andar descalço.»E aqui começa a História narrada pelo Álvaro …o Barinho da minha História
 Não me lembro da mudança para a Rua dos Prazeres. Mas tenho várias lembranças; teria uns quatro ou cinco anos comprou umas botas de borracha na Casa Alda, onde hoje é o Café Saura , em frente ao restaurante Ramon. Naquela altura comprava-se as coisas aos pagamentos porque não havia dinheiro como hoje que se compra a pronto. Ora eu sempre habituado a andar descalço, ter umas botas novas  era rico e andava a mostrar a toda a gente, e, como era Inverno, fui até ao estaleiro do lado do mestre Jeremias, onde havia barcos em reparação, e um que estava no rio e tinha uma prancha de madeira que se chamava carreira onde os barcos deslizam quando são reparados em terra e em cima dessas grandes traves são lançados à água. Ora o Barinho como eu era conhecido na altura, lembrou-se na sua inocência sem medo do perigo que corria, de ir ao dito barco  que estava no rio mostrar as botas às mulheres que estavam a lavar no cais e aflitas chamavam – me para eu sair dali, e eu depois lá vim, só que a meio escorreguei naquele sebo que as carreiras têm para os barcos deslizarem melhor, e tive a noção que ia cair e entrei no rio que ia com muita corrente devido ao inverno, então as mulheres  começaram a gritar e o Sr. Eurico que era carpinteiro naval correu para o lugar indicado e tirando os socos atirou-se à água e foi-me apanhar já a entrar debaixo do barco e aí não haveria salvação possível; eu recordo-me de estar pendurado pelo Sr. Abílio « o Marinheiro », Pai do Cesário, este, amigo do nosso irmão António e vi muita gente e se calhar desmaiei, e só me lembro de acordar em casa onde morávamos na Rua dos Prazeres, num quarto, rodeado dos nossos Pais e Irmãos e todos felizes por eu acordar, se não fosse esse bom homem em arriscar a sua vida, eu não teria esta história verdadeira para vos contar, e como «à criança e ao borracho mete Deus a mão por baixo», ainda não tinha que morrer , porque Deus é que sabe.
O nosso pai que não era de ficar sem as coisas, sem pensar duas vezes, vai para o rio, com uma vara de ir aos polvos, foi ver se apanhava as ricas botas e com sorte apanhou-as, e
pôs - as a secar  ao lume , só  que se calhar se descuidou e as botas ficaram todas estragadas, claro que estas passagens foram-me contadas pelos nossos Pais, e eu fiquei sem as botas e continuei a andar descalço.»

quinta-feira, 7 de novembro de 2013


No dia 31 de Outubro de 2013 nasceu o meu 2º Neto, o André. Creio que o seu nome completo será :
André Cruz da Silva.  Nasceu no Hospital da Póvoa de Varzim  - o Hospital de S. Pedro .
A Mãe , Marta Cristina Machado de Oliveira Cruz, é a nossa filha mais velha, e o Pai , o José Eduardo Almeida da Silva.

Curiosamente no início da tarde desse dia , meus Irmãos e eu , estávamos  a confraternizar num restaurante no Cimo de Vila ( do Conde ), perto da escolas dos Sininhos, pois o António Cruz   fazia 75 anos.

Um pouco mais tarde, por volta das 19.00 H nascia o André que fica a pertencer à Família Cruz e a este espaço,  como também à Família Silva.

Hoje, 7 de Novembro fará uma semana.  está a dormir muito sossegado.  Peço a Deus que o proteja.


quinta-feira, 14 de junho de 2012

 No dia dez de Junho de 2012 mais uma vez reuniu a Família Cruz. O Boletim Metrológico  tinha razão. Choveu de manhã . Esteve Sol de tarde. Mas não faltou calor ao Encontro de Família. E a solidariedade familiar da Manuela  e do António Campos abriram as portas de sua Casa e dezenas de pessoas, de  mais idade e de menos idade  cantaram, riram, dançaram, comeram e beberam em brindes de Alegria . Brindou-se de modo especial ao Luís Saraiva que fazia anos.
 E continuariam os festejos a todos, uns aos outros, até ao pôr do Sol, só  11 de Junho era dia de trabalho.
Encontrei a Anabela Fernandes  Cruz. Uma saudação especial para ela. Noutro espaço deste blogue explicarei este cumprimento.
Uma das faixas etárias ali presentes englobava a camada estudantil . Sabeis quantos estudantes temos actualmente na família?

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Encontro de Natal

Há quanto tempo não nos encontravamos no Natal...
Já começo a ter medo do tempo. Muitas vezes julguei ser capaz de enganar o tempo.
Quero e vou, sou capaz estou bem....amanhã , depois , ainda tenho tempo.

Mas agora
começo aos poucos a sentir a falta de tempo ... e a sentir a falta daqueles que o tempo levou.
É isso que me leva a perguntar pelo passado e a procurar na memória as imagens do Natal do passado.
É precisamente isso que me leva a propor encontros no presente com os presentes . Como dizia alguém num outro encontro : « cada um tem direito à presença dos outros, porque esses outros  fazem parte da sua vida»
O nosso encontro de Natal ...José , António, Lisberta, Álvaro, Manuel....no dia 18 de Dezembro de 2010.
Antes deste, fizemos  Natal  em 1956 na Rua dos Pelames em Vila do Conde.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Encontro de Irmãos.

O fundamental é nos encontrarmos.
Olhamos uns para os outros...abraços, beijos...«como estás» ...«então, está tudo bem lá por casa»...« olha,  sabes que...».
Falando do presente, recordando o passado, saboreando a presença uns dos outros, mais que a comida, os temas não deixam de ser actuais. Os filhos, os netos, todos já têm netos, os sobrinhos, e necessariamente os que já partiram e, embora presentes, nos deixaram saudades, porque o afecto carece do toque, do som e da imagem, todas essas personagens são  flores que embelezam o jardim por onde vamos passeando e conversando.
E sempre , desde o colo da nossa Mãe, ao terço do Pai e à Fé  da Germana, foi  o Sagrado - Deus, Jesus Cristo, a Bíblia, a Igreja - espaço de convergência , de inquietação, de procura séria e empenhada.
Não é fácil .
Obrigado aos meus Irmãos pelo encontro.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Ângelo de Oliveira Cruz.

Ângelo de Oliveira Cruz faria hoje precisamente 100 ( cem ) anos caso estivesse vivo.
É por isso que hoje é recordado por todos nós, de modo especial na Eucaristia das 19.00H na Igreja Matriz de  Vila do Conde.
Os seus pais foram Branca Beatriz e Francisco de Oliveira Cruz. Curiosamente não recebeu nenhum nome de sua Mãe.
Mas ela teve-o no seu seio , nas suas lembranças e ele teve-a nos seus carinhos, nas suas  lágrimas e cuidados próprios de Mãe que sente a proximidade de um adeus de viagem sem retorno .
« Não conheci a minha Mãe ».
A 8 de Dezembro é dia da Imaculada.
Uma das imagens que não esquecerei da infância é a do meu Pai a rezar o Terço à Mãe de Deus e Mãe de todos os Homens...do Ângelo, da Laura, do José, da Germana, do António, da Lisberta, do Álvaro e do Manuel.
Obrigado Pai.

O seu pai.........